As forças sociais ainda vivas e com algum grau de independência poderiam aproveitar este domingo de sol ao sul do país para refletir o acúmulo possível nos dias de hoje. A ausência de estratégia levou a uma paralisia decisória. De movimento em movimento vão se passando os anos, lavando os discursos e as metas nunca chegam nem alcançam.
Depois, pleno de frustração, a militância vai se voltando para a vida privada, com as preocupações individuais cada vez mais urgentes e com menos recursos. A discussão central, do exercício do poder por parte da maioria, ao invés de ser a preocupação central, passa a um aspecto secundário quando se acerca um ano eleitoral.
No campo da análise política, que alguns insistem em chamar de “ciência”, a pergunta de fundo é:
Quem governa?
O artigo ao lado, publicado no Noblat na última 6a, reflete essa profunda dúvida. Apesar de óbvia talconstatação é necessária. Quem exerce o mandato outorgado pela soberania popular através da democracia midiática? Com certeza, o mandato de Luiz Inácio não reflete em nada os anseios de quem nele votou.
Isso nos lembra um certo De la Rúa e um certo Domingo Caballo. O super-ministro da Economia da Argentina de 2001, foi mantido pela Banca e pelas multis. O homem chegou ao tricampeonato. Conseguiu derrubar três governos eleitos, dois no Equador onde atuava como consultor e uma na Argentina.
Para transferir a experiência para os pagos de acá, só faltava um empurrãozinho e isso se chama força social. Estas, no Brasil, estão paralisadas e atônitas. Resta saber por quanto tempo.
Bom domingo a todos.