Por Bruno Lima Rocha, 26 de novembro de 2016

Não vou chorar a morte de Fidel Castro e menos ainda comemorá-la. A revolução cubana foi o exemplo para toda a América Latina de que é possível se livrar do jugo do Império e, ao mesmo tempo, infelizmente também é possível cair na falácia de que o socialismo não combina com democracia política. Prefiro homenagear os cinco primeiros anos da Revolução Cubana, quando o conceito de Poder Popular foi gestado, e fazer a singela homenagem na figura de Camilo Cienfuegos, como a chama ardente de uma revolução popular que foi tragada pela Guerra Fria e o autoritarismo de seus dedicados líderes.

Se o Comando Sul invadir Cuba, seremos solidários. Mas, nunca ao lado de Raúl Castro e sua linha chinesa, de tipo Deng Xiao Ping, arriscando transformar a ilha em um país anexo ao capitalismo da Florida.Como sempre, a saída do povo está na própria luta popular, no mais profundo arraigo desta maravilhosa cultura afro-caribenha, com a resiliência de um povo peleador, na imagem de heróis em carne e osso como os voluntários que lutaram com o Che na Bolívia ou os cubanos que lutaram ao lado do MPLA em Angola.

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